Vamos jogar um pouco conversa fora...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ponderações sobre a Chesf

// Ministro de Minas e Energia vem ao Recife explicar novo modelo de gestão. Governador descarta perdas O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, vai participar na próxima quarta-feira, no Palácio do Campo das Princesas, da reunião ordinária do Conselho Estadual de Desenvolvimento Social de Pernambuco (Cedes). A vinda dele foi acertada ontem com o governador Eduardo Campos (PSB), em Brasília. O ministro vem ao Recife explicar o novo modelo de gestão da energia produzida no país e o papel da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) nesse processo de mudança. A decisão do governo federal de reestruturar a Eletrobras e transformá-la na "Petrobras" do setor elétrico gerou uma onda de protesto no estado, com mobilização de políticos, funcionários da empresa e representantes organizações sociais. "O ministro me garantiu que não haverá nenhum fato novo" Eduardo Campos, governador A luta é para evitar o esvaziamento da Chesf. Segundo os defensores da companhia, o novo modelo permitirá à Eletrobras assumir o controle de todas as subsidiárias do grupo (Chesf, Eletronorte, Eletronuclear, Eletrosul, Furnas e GGTEE). Com isso, a Chesf perderá sua autonomia. A avaliação do governo, no entanto, aponta para o contrário. As mudanças na estrutura organizacional do Sistema Eletrobras, conforme os que acreditam no projeto, vão fortalecer a Chesf e torná-la apta a investir no Nordeste como não fazia há muito tempo. Eduardo Campos recebeu a informação do presidente Lula (PT), com quem conversou na última terça-feira, no deslocamento entre o Rio de Janeiro e São Paulo. O petista adiantou que isso será possível porque a União está assumindo uma dívida de R$ 3 bilhões da companhia para liberá-la dos encargos e capacitá-la para investir. "Na próxima quarta-feira, o ministro vai apresentar todo o processo de reestruturação da Eletrobras. Será uma oportunidade para apresentarmos sugestões e tirar qualquer dúvida sobre o projeto", afirmou. O socialista disse, ainda, que o intento de todos é de consolidar uma grande empresa nacional no setor elétrico, que é a Eletrobras. "Agora, é importante que ao mesmo tempo a gente possa fortalecer a Chesf, garantindo sua autonomia e sua presença constante no setor elétrico brasileiro. Ela, que no governo do presidente Lula tem participado, inclusive, de investimentos estratégicos fora da região Nordeste e até fora do Brasil", observou. O governador afirmou que estava saindo mais tranquilo da reunião. "O ministro me garantiu que não haverá nenhum fato novo, como andam dizendo por aí. A Chesf vai continuar investindo naquilo que ela entende ser prioridade. Não temos registro de nenhum investimento que a Chesf quis participar e que a Eletrobras não tenha autorizado". Ao contrário disso, segundo ele, os recursos de investimentos foram ampliados de R$ 2 bilhões para R$ 7 bilhões". Ele ressaltou, no entanto, que existem situações em que o Congresso Nacional precisa votar (para autorização a liberação). "É isso que, as vezes, as pessoas não sabem". Ciro - Em relação a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à Presidência da República o silêncio continua. Ontem, o governador negou ter feito contatos políticos, em Brasilia. "Minha agenda foi esse encontro com o ministro",garantiu, acrescentando não ter conversado sobre o futuro político do aliado. Já o primeiro vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse por meio de uma assessora, que a reunião ainda não havia acontecido.

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